Transtorno de Personalidade Histriônica: o que é e principais sintomas

Também chamado de TPH, o transtorno de personalidade histriônica caracteriza-se pela necessidade que um indivíduo tem de ser o centro das atenções.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) classifica o TPH como um padrão de emocionalidade e busca excessiva pela atenção de outras pessoas.

A busca pela atenção alheia, muitas vezes, ocorre de forma dramática e apelativa.

Quer entender melhor? Vamos falar sobre o transtorno de personalidade histriônica, os seus principais sintomas e como é feito o tratamento.

O que é transtorno de personalidade histriônica?

O transtorno de personalidade histriônica tem como principal característica a busca por atenção.

Ele apresenta algumas semelhanças com o transtorno de personalidade borderline, pois, as pessoas que apresentam TPH também se sentem mais vulneráveis e preocupadas diante da rejeição; apesar da maior dificuldade para expressar tais afetos no TPH.

Quem sofre com o transtorno de personalidade, tende a fazer de tudo para conseguir ser o centro das atenções.

O padrão de comportamento acaba sendo muito prejudicial para o indivíduo, que costuma se sentir frustrado e irritado quando não consegue despertar a consideração e o interesse dos outros. Além disso, essas pessoas normalmente têm uma autoestima baixa.

Ainda de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V), o TPH faz parte do grupo B, que inclui o antissocial, borderline e narcisista.

Os histriônicos representam, em média, 3% da população (3 a cada 100 pessoas).

Quais são os principais sintomas do transtorno de personalidade histriônica?

Os sintomas costumam aparecer no começo da vida adulta.

É importante lembrar que uma pessoa que sofre com o TPH tende a apresentar tais sintomas de forma exagerada e intensa, na maioria das vezes.

Ou seja, o fato de um indivíduo se identificar com alguns dos sintomas, não significa que ele possui o transtorno.

Veja, abaixo, quais são os sintomas mais comuns:

  • Uso da aparência física para despertar a atenção das pessoas;
  • Busca exagerada por atenção;
  • Dificuldade para lidar com críticas;
  • Comportamento excessivamente sedutor;
  • Descontrole emocional;
  • Ansiedade;
  • Impulsividade;
  • Dificuldade em estabelecer relacionamentos profundos;
  • Demonstrar emoções de forma excessiva e exagerada;
  • Comportamento dramático;
  • Percepção de que os relacionamentos são mais íntimos do que realmente são;
  • Se colocar na posição de vítima para chamar atenção e despertar compaixão.

De maneira geral, as pessoas que sofrem com essa condição não estão conscientes de seus comportamentos.

Quem acredita que possui algum dos sintomas mencionados, deve procurar um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra.

É que o diagnóstico pode não ser exatamente o transtorno de personalidade histriônica, mas talvez, falta de autoestima ou outras questões emocionais.

Quais são as principais causas do transtorno de personalidade histriônica?

Assim como nos casos de outros transtornos de personalidade, as causas não são muito claras.

Muitas vezes, elas têm uma origem multifatorial, isto é, relativa a vários fatores.

Sendo assim, fatores genéticos e ambientais, podem influenciar no aparecimento do TPH durante a vida adulta.

Histórico familiar de transtornos, traumas e abusos durante a infância, são alguns dos fatores que influenciam no surgimento do TPH.

Como o transtorno de personalidade histriônica afeta a vida do indivíduo?

A necessidade de receber atenção pode causar sofrimento na vida de uma pessoa que tem o transtorno de personalidade histriônica.

Além disso, os relacionamentos com cônjuges e familiares podem se tornar turbulentos, já que nem sempre as pessoas entendem a razão pela qual a pessoa exige tanta atenção.

Os indivíduos com TPH, tendem a ficar tristes quando não recebem atenção. Ou seja, a rejeição e a indiferença alheia, trazem frustração para quem sofre com o transtorno.

Como se faz o diagnóstico?

Mesmo que uma pessoa se identifique com os sintomas, o diagnóstico precisa ser feito por um profissional especializado. Ele é a única pessoa que pode de fato dizer se o indivíduo tem o transtorno de personalidade histriônica.

Quando não identificada e tratada, essa condição pode trazer outros problemas emocionais, afetando as crenças, comportamentos e hábitos do indivíduo.

A avaliação irá distinguir o TPH de outros transtornos de personalidade.

O dia a dia de uma pessoa que sofre com o TPH pode ser muito difícil, já que a busca pela atenção e consideração dos outros, costumam gerar frustrações e aborrecimentos, principalmente quando a pessoa não tem seus desejos atendidos.

O diagnóstico é essencial para que a pessoa receba o tratamento mais adequado ao seu caso.

Quais são as principais formas de tratamento para o transtorno de personalidade histriônica?

Na maioria das vezes, os indivíduos que sofrem com o transtorno de personalidade histriônica, acham que não precisam de tratamento.

Por esse motivo, é muito importante que as pessoas próximas falem sobre isso.

Normalmente, as pessoas com TPH buscam ajuda psicológica quando estão sofrendo com outras condições que afetam a saúde mental, como a ansiedade, estresse ou depressão.

Psicoterapia

A psicoterapia é um tratamento colaborativo, no qual o psicólogo e o paciente trabalham juntos para lidar com questões emocionais.

Um dos principais objetivos desse tipo de tratamento é ajudar a pessoa a analisar suas emoções, pensamentos e medos que se refletem em seus comportamentos.

A psicoterapia ajuda na busca pelo autoconhecimento, mas também, no tratamento de transtornos de personalidade que causam frustração e muito sofrimento ao indivíduo.

Um indivíduo que sofre com o TPH, costuma ter determinadas crenças associadas à busca por atenção e relacionamentos interpessoais.

Durante as sessões de terapia, o psicólogo poderá trabalhar tais crenças, para que aos poucos, elas sejam substituídas por pensamentos mais saudáveis e positivos.

Contudo, é importante lembrar que a mudança não acontece de uma hora para outra. Estamos falando de um processo.

Portanto, as sessões poderão durar um bom tempo, até que o indivíduo consiga de fato, mudar suas crenças e comportamentos autodestrutivos.

Medicamentos psiquiátricos

Por fim, o uso de medicamentos psiquiátricos, dependendo do caso, pode ser recomendado ao paciente.

A necessidade de utilizar medicamentos durante o tratamento, pode ser identificada pelo psicólogo, que irá encaminhar o paciente para um médico psiquiatra.

Portanto, se você se identificou com mais de um sintoma ou então, está lidando com questões que estão afetando a sua saúde mental, procure ajuda profissional.

Assim, pode-se receber o tratamento e as orientações necessárias, que serão feitas por um profissional especializado.

Dra. Rhaíssa Leonel
Dra. Rhaíssa Leonel
Dra Rhaíssa Bentes Leonel é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Amazonas, além de ter realizado residência médica em Psiquiatria pelo CAISM-FR em São Paulo. Dra Rhaíssa é médica psiquiatra e faz parte da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Também está cursando a Formação em Psicoterapia de orientação Analítica do Centro de Estudos Luís Guedes (CELG) de Porto Alegre.

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